domingo, 28 de dezembro de 2008

Muito Legal...

Música Elephant Gun, do grupo Beirut... Belissima música...

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Férias...

O ano já está quase no fim... a correria que se instalou está frenética. Mal dá tempo de respirar, que fará postar no blog.
Contudo, as férias vêm aí!
Janeiro, ano novo, vida nova, blog novo!!!
Muitas novidades...
Então... até lá!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Segurança na era da informação

A cada dia que passa, a informação tem se tornado cada vez mais importante na vida das pessoas. Esse conhecimento extraído de dados que, isolados de um contexto específico, não teriam muito significado, pode abrir muitas portas. Seja a senha de uma conta de correio eletrônico ou de uma rede intranet, nas mãos da pessoa certa, a posse de determinada informação pode resultar em conseqüências inimagináveis. Isso se da em grande parte porque a humanidade tem se mostrado cada vez mais dependente da tecnologia. E a tendência é que essa relação entre homem e máquinas se torne cada vez mais estreita.

Computadores que trinta anos atrás ocupavam grandes salas e exigiam pessoal altamente qualificado para operá-los, perdem em poder computacional para um celular moderno, tem-se  hoje nos bolsos mais tecnologia do que a nave Apolo 11 que levou os primeiros astronautas à lua. Certamente daqui a dez ou vinte anos, o conceito que tem-se hoje de computador pessoal estará ultrapassado. Os ambientes virtuais se tornarão cada vez mais parte da vida das pessoas. As compras poderão ser feitas em televisores, como já acontece com a TV digital e até mesmo em terminais instalados na porta de geladeiras.

Exatamente pelo fato de que a evolução na ciência computacional tem ocorrido de forma muito rápida, pode-se dizer que se vive atualmente em uma fase de transição. Os indivíduos têm agregado ao seu conjunto de conhecimentos, inúmeras práticas e habilidades que, embora rudimentares, vêm construindo um arcabouço do que, futuramente, será uma área do conhecimento usual, corriqueiro e que contemplará desde o mais simplório ao mais arrojado usuário dos sistemas informatizados, redes e computadores.

A segurança da informação no futuro, necessariamente deverá ser mais rígida, evitando assim, vazamentos e acessos não autorizados às redes privadas, bem como fraudes. Hoje já não é muito diferente. As empresas e usuários domésticos precisam pensar sempre em estabelecer um ambiente seguro para armazenamento de suas informações sigilosas e pessoais. Utilizar computadores em rede, principalmente na internet, sem um bom firewall e um bom antivírus, representa um sério risco à segurança.

É claro que, em se tratando de segurança digital, a perfeição é utópica. O papel dos responsáveis pela manutenção de um espaço virtual sadio, trabalhará sempre com o propósito de minimizar o risco, mas de uma forma geral, ele sempre existirá. Trata-se de um processo dinâmico. Na medida em que desenvolvemos e implementamos novas políticas de segurança ou mesmo atualizamos as defesas do sistema, em algum lugar do mundo, um hacker (black hat ou cracker) estará trabalhando em uma nova técnica de invasão ou em um novo tipo de ameaça virtual, seja ela um vírus, cavalo de tróia ou worm. 

Muitas vezes um hacker consegue invadir um sistema ou se apoderar de informações valiosas, porque as pessoas, o capital humano e intelectual da organização, não tiveram a atenção necessária e acabaram sendo ludibriadas por falsos e-mails de conhecidos ou outras empresas. Basta executar um arquivo cujo conteúdo é previamente preparado, para abrir ao invasor o computador do usuário e, por conseguinte, as portas da rede onde esse estiver conectado. Conhecimentos muitas vezes simples, como verificar ao passar o mouse sobre o link se o endereço escrito confere com o indicado pela janela do navegador, ou até mesmo a adoção de uma política mais firme como recomendar aos usuários que não cliquem em nenhum link recebido por e-mail, podem evitar grandes transtornos aos usuários e às empresas.

Pode-se concluir que, tanto para organizações quanto para usuários domésticos, o ambiente virtual se apresenta como um vasto oceano de possibilidades e potencialidades. Será necessário, no entanto, que as pessoas se dediquem a aprender e construir ambientes mais seguros. Que na exploração desse oceano estejam mais atentas, evitando o comprometimento dos sistemas de informação. Das empresas, espera-se investimento e comprometimento para com a adoção de políticas adequadas de segurança da informação e também, a correta divulgação e treinamento (capacitação) de seus funcionários de acordo com essa política. assim, poder-se-á desfrutar de todas as comodidades do ambiente virtual sem comprometer a segurança da informação.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Mais uma do molusco...

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, cumprimentou nesta quarta-feira Barack Obama por sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos e ressaltou que sua escolha "suscita na França, na Europa e, no mundo, uma imensa esperança". Em carta a Obama, Sarkozy assinalou que essa "esperança" é a de Estados Unidos "abertos, solidários e fortes, que mostrem de novo com seus parceiros o caminho por meio da força do exemplo e da adesão a seus princípios".

 

O primeiro-ministro britânico Gordon Brown felicitou Obama, e elogiou seus "valores progressistas e visão de futuro": "Gostaria de oferecer minhas sinceras felicitações Barack Obama por sua eleição para a presidência dos Estados Unidos", afirma Brown em um comunicado.

 

O presidente da China, Hu Jintao, e o primeiro-ministro, Wen Jiabao, enviaram nesta quarta-feira mensagens de felicitações a Barack Obama por sua vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, além de ressaltar a importância de manter o progresso nas relações bilaterais.

 

Questionado pelo G1, site de notícias da globo,  pouco antes de entrar no plenário da Câmara dos Deputados sobre o motivo de Obama ser melhor opção que McCain para a presidência dos EUA, Lula, nosso presidente molusco [ou seria molusco presidente?],  disse: "Eu acho que ele [Obama] também é corintiano". 

 

Ta bom Lula, mesmo eu que não sou seu fã esperava mais de você! Quando o presidente de uma nação dá uma entrevista, faz um comentário a respeito de um fato, etc, ele fala em nome de uma nação! Como disseram os aliados dele na campanha pela prefeitura de Belo Horizonte, com política [principalmente internacional] não se brinca!

 

 

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Valeu Massa!

É, não foi dessa vez. O título de campeão do mundo ficou mesmo com o Inglês. É verdade que a faixa esteve nas mãos do brasileiro por alguns segundos, preciosos segundos que encheram de alegria e esperança todos os milhões de brasileiros que acompanharam, com os olhos grudados na telinha, o Grande Prêmio do Brasil de Formula 1 nesse último domingo. Os momentos finais da corrida me transportaram rumo ao passado. Pude lembrar das manhãs de domingo em que vibrava com as ultrapassagens e traquinagens do grande tricampeão Nelson Piquet. Dos duelos homéricos que ele travava com Mansel e Prost, para não falar de Ayrton Senna. É fato que eu nunca fui muito fã do Senna, mas tenho que concordar que com ele, morreram também as esperanças de vitórias brasileiras nesse esporte por anos a fio.

 

Com a morte de Senna, infelizmente, caiu sobre os ombros do então estreante Rubens Barrichello a responsabilidade imediata de ser um campeão, de levar um pais inteiro nas costas, de mostrar para toda uma nação que o sonho não havia acabado. O Rubinho não é, em sua essência, um mau piloto. A grande maioria da população brasileira teima em compará-lo com gênios e isso ele definitivamente não é. O problema é a base de comparação. Aliás, há um outro problema também: o destino. No único momento em sua carreira onde ele pôde contar com um carro em condições de brigar por um título, o destino o coloca ao lado de Schumacher. Nos seis anos em que correram juntos, o brasileiro sempre foi preterido pela Ferrari e se pode ser culpado de algo, Barrichello realmente é culpado de ter aceitado ser “apenas” o segundo piloto. Muitos não aceitariam, é fato, mas isso significava deixar a Scuderia e correr em equipes menos competitivas, sem chances nem mesmo de podium. Na “Era Schumacher”, Barrichello foi duas vezes vice-campeão do mundo, o que nos permite um pequeno devaneio: e se o alemão não estivesse ali? Rubinho bicampeão mundial de formula 1? Talvez.

 

Tudo bem, Massa é um grande piloto, mas ainda não há como compará-lo aos gênios do esporte e nem tão pouco dizer que ser companheiro de equipe de Räikkönen é a mesma coisa que correr ao lado de Schumacher. Nos dois anos em que correram juntos, o alemão ofuscou o brilho de Massa, isso é notório. O mesmo aconteceu com Kimi: Massa só conseguiu se firmar (?) como primeiro piloto da equipe na segunda metade da temporada 2008. Bom, mas isso não é importante. O que importa mesmo é que o brasileiro se impôs, brigou e por pouco, não saiu do GP do Brasil com a faixa de campeão mundial.

 

Tomara que os grandes momentos que vivemos na década de 80 e 90 possam estar de volta. Torço muito para que Massa possa continuar com toda força e competência que demonstrou nessa temporada em que, se não fosse por erros toscos da Ferrari, poderia ter se sagrado campeão. Valeu Massa.

 

 

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Resposta à crise

O mundo inteiro está lutando contra a violenta crise financeira. Cada país está usando as armas que possui. Recentemente os Estados Unidos reduziram para 1% a taxa de juros anual. O Japão seguiu pelo mesmo caminho reduzindo para 0,3% ao ano a taxa básica de juros.

 

Não avesso à crise e tentando acompanhar a tendência mundial, o governo português reduziu também a taxa de juros, contudo, o presidente do Banco Central Português, empolgado com redução expressiva feita na taxa pelo Japão, resolveu baixar os juros para -1% (menos um por cento), ou seja, agora quem pegar $100 emprestados no Japão pagará ao final do ano $0,30 de juros e para quem pegar os mesmos $100 em Portugal vai RECEBER $1,00.

 

 

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Bate nele Rubinho!!!

Dia 2/11 teremos a última etapa do mundial de Fórmula 1, o GP Brasil. E o bendito do Hamilton já está com 7 pontos de vantagem sobre o Massa. Ou seja, basta um quinto lugar minguado pras esperanças brazucas irem pro espaço.

Mas e o Rubinho?


Sem chances na competição e ja que vai largar a Fórmula 1 ano que vem, Rubinho pode
ser nossa grande arma secreta no domingo.

Como?


Mole. Basta dar uma porrada bem dada, daquelas que o Hamilton não vai saber nem de onde veio, para tirar o líder da prova e se tornar herói nacional.

Juro que o povo brasileiro vai esquecer que vc entregava as vitorias para o Shumi, que sempre foi um capacho da Ferrari, etc...

Pô, faz isso por nós, brasileiros que nunca desistimos e acompanhamos até o limite da loucura suas derrapagens e afins.

Talvez seja essa a hora de entrar de vez no coração de todos os que acompanham a F1 aqui no Brasil.

Pode ser?

(Valdir Pedrosa)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Passado, presente e futuro...


Você chegou e sentou no centro da sala, na primeira fila. Mochila nas costas e copo de café na mão. Cabelo penteado com gel para trás, vestia uniforme da empresa onde trabalhava. Logo nas primeiras participações em aula, a forma com que falava, o tom de voz baixo que usava e os comentários que fazia, me levaram a pensar que você seria um tipo pedante. Daqueles que te olham de cima a baixo e que sempre têm uma opinião formada sobre tudo. Nesse período conversamos muito pouco. Trocávamos apenas cumprimentos e acenos de cabeça. O tempo passou e você foi se aproximando de mim. Foi sentando mais perto e conversando mais. Aquela imagem inicial foi se dissipando tal qual a fumaça em um dia de vento forte. Você aos poucos foi conquistando minha atenção, respeito e amizade. Passou a fazer parte da minha vida, tornou-se meu amigo, conselheiro, psicólogo, advogado. Nossa comunicação deixou de ser apenas verbal, bastava um olhar para que eu pudesse saber exatamente o que você estava pensando. E a recíproca, penso eu, também é verdadeira. Você tem um dom divino: alegrar as pessoas. Muitas vezes salvou meu dia exatamente por isso. Só que um belo dia decidiu nos deixar, mudar-se para longe. Senti algo ambíguo, por um lado, uma grande tristeza em perder contato com um irmão que o acaso me proporcionou, por outro, uma grande felicidade por saber que você estava crescendo pessoal e profissionalmente com essa mudança. Você fez parte do meu passado, não há como mudar isso. Você tem feito parte do meu presente, talvez não tão presente quanto eu gostaria, mas no coração e na certeza de que posso contar com você. Agora, o mais importante é que você fará sempre parte do meu futuro e eu estou certo disso porque é exatamente o que peço em minhas orações! Paulinho, eu gostaria que soubesse que a distância não conseguiu, nem conseguirá apagar sua marca nos corações das pessoas que tiveram o privilégio de ter cruzado o seu caminho. Peço a Deus que te ilumine, te guarde e te dê muita paz e sabedoria, para que você continue a fazer a diferença na vida das pessoas que te cercam.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A ordem do dia é abraçar os problemas!


O sobe e desce das bolsas, o medo geral de recessão global, a quebradeira de bancos e instituições financeiras, onde tudo isso vai parar? O pessimismo e o desespero são gerais.

Isso é um reflexo da crise financeira em que o planeta se encontra. Concordo com a maioria dos especialistas quando dizem que essa é uma crise mais de confiança do que de finanças. Há motivo para o pânico geral? Talvez. O grande problema é que o crédito é infinitamente superior aos recursos. Quer um exemplo?

Todos os meses chegam às nossas casas diversas cartas de bancos e administradoras de cartão de crédito informando-nos que ganhamos esse ou aquele valor em crédito. E o melhor (?), sem qualquer necessidade de comprovação de renda! Vamos supor que um indivíduo ganhe por mês um salário de R$1000,00. Somando-se todas as despesas e impostos que incidem sobre seu salário, sobram-lhe R$100,00. Dessa forma, podemos dizer que a capacidade de pagamento dele é R$100,00 e não R$1000,00. Contudo, esse indivíduo tem, hipoteticamente, dois cartões de crédito, cada um com limite de R$500,00. Por mais que essa pessoa tenha o cuidado de não gastar mais do que recebe, ele acaba utilizando o crédito do cartão em uma necessidade, e é aí que a porca passa gel no rabo! Teoricamente ele necessitaria economizar por 10 meses para pagar o crédito que ele tem em um mês apenas!

Como isso gerou a crise do sub-prime? Os americanos, animados com a valorização artificial de seus imóveis, utilizaram suas casas como garantia de crédito e pegaram emprestado nos bancos uma quantia muito superior ao valor real de seus imóveis. Enquanto a bolha crescia, a classe média americana se afundava até o pescoço nas hipotecas (financiamentos). Quando a bolha estourou, digo, quando a festa dos imóveis acabou, eles se viram sem a capacidade de saudar seus débitos com os bancos e esses, mesmo que viessem a tomar as casas postas como garantia pelos devedores, não poderiam com essas pagar o rombo que se apresentou diante deles. Bom, e o que aconteceu? A torneira do crédito foi abruptamente fechada. Quem se viu perdendo milhares ou milhões de dólares com a especulação imobiliária, teve que sacrificar seus investimentos em ações, principalmente em mercados emergentes, para capitalizar suas perdas.

Bom, então de onde tirar o dinheiro? Quer uma dica? É aí que entramos na história. A fuga de capitais fez despencar a bolsa de valores brasileira e, por conseguinte, elevou o valor da moeda norte americana. É bem simples. O americano que quiser investir no Brasil necessita trocar seu dinheiro, ou seja, vender os dólares e comprar reais. O que acontece? O dólar cai em relação ao real. Quando esse mesmo indivíduo tem que tirar seu rico dinheirinho do Brasil, ele precisa vender os reais que tem e recomprar dólares. E o que acontece? O preço do dólar dispara. É a lei da oferta e da procura. Muita gente querendo dólar, esse sobe.

Por mais bem preparado que esteja o Brasil, enfrentar uma crise dessas não é brincadeira. Sofreremos o impacto dela na economia real em breve. O que espero é que nossos governantes tenham o discernimento de agir preventivamente, reduzindo assim o impacto que a potencial recessão possa ter sobre nosso bolso.

Será que "vale"?


O Brasil é um país altamente atrativo aos mercados. Com suas contas em dia, seu recém obtido “investment grade” e com os juros reais pagos pelo governo brasileiro, os maiores do mundo, diga-se de passagem, nosso país se revelou um paraíso para investidores de todo o mundo. O grande afluxo de capitais derrubou ao longo dos últimos anos o valor do dólar, inflou, talvez artificialmente, o mercado de capitais brasileiro e contribuiu com os melhores números da história da Bovespa. A dúvida era em quantos pontos fecharia o índice da bolsa de valores, uns diziam que chegaria aos 80 mil pontos, outros que o crescimento não ultrapassaria os 75 mil, outros ainda diziam que o céu era o limite.

Ledo engano. Após estourar a crise financeira mundial, o que vimos foi uma derrocada do mercado de capitais, não só brasileiro, mas mundial. A aposta hoje é para tentar acertar qual será o fundo do poço. Uns dizem que fecharemos o ano beirando os 30 mil pontos, outros, mais pessimistas, dizem que chegaremos aos 19 mil.

As ações da Vale, antiga Companhia Vale do Rio Doce, tiveram hoje a maior desvalorização desde maio de 1990! O papel da empresa teve uma queda de 15,16% e fechou negociada à R$23,50. Para se ter uma idéia da trajetória dessa ação, no final de maio desse ano, o valor da VALE5, ação preferencial da companhia, estava beirando os sessenta reais, ou seja, de lá para cá ele despencou aproximadamente 60%!

Isso tudo significa que é hora de sair do mercado? Que é chegada a hora de lotar os CDBs e poupança com o que sobrou dos investimentos em bolsa de valores? Que será o fim do capitalismo? Bom, penso que não necessariamente. Todos conhecemos a máxima: comprar na baixa e vender na alta. O problema é que as pessoas insistem em fazer o contrário. Enquanto o mercado estava na euforia, aquecido, todos foram às compras. Agora, no auge (será?) da crise, todos fogem das ações como vampiros fogem do sol. Será que essa é a melhor coisa a se fazer? Novamente sou obrigado a discordar. Para se ganhar dinheiro nesse mercado, tem-se que comprar ao som de trovões e vender ao som de violinos, ou seja, agora, quando todos estão se desesperando e vendendo todos os seus papeis, ações como as da Vale, tornam-se altamente atrativas. Nesse momento de crise, ao som de trovões, deve-se ter sangue frio e comprar, para que daqui a alguns meses (rezo muito por isso), com o mercado já calmo e equilibrado, ao som de violinos, possa-se vender e ganhar dinheiro com todo esse barulho.

Respondendo a pergunta: será que “vale”? Bom, eu penso que sim! Agora, haja sangue frio. Durma-se com um barulho desses.

domingo, 5 de outubro de 2008

Fim do primeiro round!




Acompanhei com muito interesse a apuração dos votos para prefeito de Belo Horizonte. Fiquei satisfeito com o resultado. O continuísmo teve sua primeira derrota. Isso não significa que o candidato da aliança vá perder, mas pelo menos, a população não deu ouvidos às idéias vazias de uma corrente continuista. Não que eu deixe de apoiar a continuidade das boas coisas que acontecem em nossa capital, mas não concordo com a eleição de um “ninguém”, só porque esse ou aquele o apóia.

Penso que o governador Aécio Neves seja um homem de bem, com certeza terá o meu voto para presidente em 2010. Falo o mesmo do prefeito Pimentel que, sem dúvida, será um bom governador. Mas, dar o meu voto à alguém pelo simples fato de que o governador e o prefeito o apóiam...sem chance!

Quem teve o privilégio de assistir ao último debate, realizado pela Rede Globo, pôde ver claramente o despreparo do candidato líder das pesquisas. Sua fisionomia assustada, voz tremula, mãos que não sabiam onde poderiam se esconder e acima de tudo, a gritante inexperiência saltou aos olhos de quem acompanhou a peleja.

Meu voto, declaro abertamente, foi no candidato do PMDB, Leonardo Quintão. Espero que, nesse segundo, turno sua trajetória de crescimento continue e que a capital mineira possa escolher pela continuidade e não pelo continuísmo. Sei bem que, vai ser difícil lutar contra a máquina estadual e municipal, mas rezo para que a população possa ter discernimento e votar consciente.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

As porcas e a Kombi.


Um de meus infinitos defeitos é a curiosidade. Meu professor de Marketing, Otto Herman, começou a contar uma piada em sala de aula. Parou na metade por achar o conteúdo muito pesado. Acho que depois disso nem prestei tanta atenção na aula e a curiosidade foi tanta que a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa foi procurar a bendita piada na internet.

Na verdade, não achei muito pesada e até muito engraçada, tanto que resolvi posta-la aqui no blog. Então, sem mais delongas, segue a piada das porcas e da Kombi:

Um fazendeiro comprou vários porcos e porcas, pois queria começar uma criação na fazenda para produzir presunto, bacon e etc. Depois de várias semanas, notando que nenhuma das porcas emprenhara, ligou para o veterinário pedindo ajuda. O veterinário disse ao fazendeiro que ele teria que fazer uma inseminação artificial.

O fazendeiro não tinha a menor idéia do que era aquilo mas, não querendo demonstrar ignorância, concordou e perguntou ao veterinário como saber quando as porcas estariam prenhas.

O veterinário disse que elas parariam de ficar andando e iriam mergulhar na lama o dia todo.

O fazendeiro desligou o telefone e ligou para o compadre, para perguntar como se fazia isto. Ele disse que inseminação artificial significava que ele mesmo teria que emprenhar as porcas.

Então, ele colocou as porcas na Kombi e foi para o meio do mato: transou com cada uma delas, voltou para a fazenda e foi para a cama, descansar.

Na manhã seguinte, ele foi ver as porcas e elas continuavam andando pra lá e pra cá.

Ele concluiu que teria que fazer tudo de novo:
Colocou as porcas na Kombi e foi para o meio do mato: transou com cada uma, duas vezes, para garantir... Voltou para a fazenda e foi para a cama, descansar.

Na manhã seguinte, ele foi ver as porcas e elas continuavam andando pra lá e para cá.

Bem, teria que fazer tudo de novo... Colocou as porcas na Kombi e foi para o meio do mato: passou o dia transando com cada uma delas, várias vezes.... Voltou para a fazenda e, esgotado, atirou-se a cama.

Na manhã seguinte, ele nem conseguia abrir os olhos, muito menos levantar para olhar as porcas. Então, ele pediu à mulher para dar uma olhada e ver se as porcas estavam na lama.

"Não." - disse ela - "Elas estão todas na Kombi e uma delas não pára de buzinar!"

domingo, 21 de setembro de 2008

Novo marcador.


Tenho reclamado do tempo, mas reservei algumas horas do meu fim de semana pra assistir a bons filmes, afinal, sou filho de Deus e mereço descanso.
Resolvi criar um marcador novo no blog. Ele será chamado de “Assista”. Será um espaço para que eu possa comentar a respeito de filmes que tenho tido o prazer de assistir e que, de alguma forma, têm me ajudado a enfrentar o ritmo frenético que estou imprimindo em minha vida.
Vou iniciar esse marcador, embora já tenha falado de filmes antes, com um belo filme que assisti: Ensinando a viver.

Bobeira tem limite! Basta!

Esse mês de setembro tem sido qualquer coisa de muito corrido. Não tive tempo, nem disposição para escrever. Hoje já passamos do segundo terço do mês e praticamente não produzi nenhum texto. É verdade que tenho me dedicado menos ao blog e mais ao meu livro, mas a faculdade tem tomado bastante o meu tempo livre. Esse sem dúvida alguma é o mais controverso semestre que já vivi. Por razões que a minha própria razão desconhece eu cometi mais erros do que em toda minha estada na faculdade. Não estou falando de provas ou coisa parecida. Estou falando de juízo de valores, percepção das pessoas e tomada de decisão. Cometi erros homéricos, que quem convive comigo sabe bem quais foram. Cheguei a me arrepender de ações e atitudes. Mas a vida continua. Não foi de tudo ruim, afinal, não é com os erros que aprendemos? Posso dizer que aprendi muito. Agora é bola pra frente. É catar os cacos e dar a volta por cima. Ainda há tempo de tornar esse um dos mais proveitosos semestres que tive no meu curso de Administração.

domingo, 7 de setembro de 2008

É pra derreter...


É... moramos em um “país tropical, abençoado por Deu e bonito por natureza”, não tem como fugir desse calor que é marca registrada dessa nossa terra. Muitos gostam, outros, como eu, nem tanto.
Não que eu não goste do clima do nosso país. Calor é bom quando se está de férias, na beira de uma piscina ou na areia da praia, tomando um suco bem gelado, agora, fugiu um pouco disso e a coisa começa a ficar complicada. Com o tempo quente, trabalhar, estudar, dormir, entre tantas outras coisas, passam a ser atividades que nos exigem certo grau de disposição e adaptação. Tem certas noites que não adianta nem abrir a janela, parece que até o vento procurou algum lugar para se refugiar da quentura. A cortina nem mexe. Aquele ar quente soprado pelo ventilador é a única coisa que nos alivia um pouco. Daí você resolve tomar um banho. Ah, que delícia... a refrescante água morna, quase fria, alivia um pouco o desconforto. Quando saímos do banho, o choque térmico nos beija a pele e nos dá um fio de esperança, que logo depois de alguns minutos, vai embora, vencida pela implacável sensação de que estamos dentro de um forno.
Transpirar, um mecanismo biológico de controle da nossa temperatura, é algo que me incomoda um pouco. Acho que ninguém gosta. O pior é aquela sensação de estar se derretendo. Sem contar que nem todo mundo tem o bom senso de usar um bom desodorante, quanto a isso, sem comentários.
E a coisa só está piorando. Com o aquecimento global, a temperatura só tem subido. Os verões ficam cada vez mais quentes e o inverno cada vez menor. Isso é preocupante, além de muito desconfortável.
O jeito é tentar remediar esse calor todo... caminhar a noite pela lagoa da Pampulha ou por qualquer outro lugar bem arborizado ou que tenha água perto é uma boa pedida. Tomar bastante líquido também ajuda. E para quem gosta de beber, não exagerar na cerveja é algo essencial.
No mais, que venha a primavera com jeitão de verão!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Escorregar de novo não!

Eu estou muito desconfortável com a escolha por um candidato nessa próxima eleição. Duas coisas me chamaram a atenção: a falta de bons nomes e também o discurso continuista do candidato da situação.

Incomoda-me muito ficar ouvindo todos os dias frases como “o que é bom tem que continuar” ou “em time que está ganhando, não se mexe”. Foi com esse tipo de discurso que o atual prefeito venceu a eleição passada: “não deixe essa ambulância parar”, em uma referência às ambulâncias do SAMU que, de acordo com o outrora candidato, parariam de atender à população se o candidato do PSDB ganhasse. Em minha opinião isso foi puro terrorismo, uma argumentação vazia e barata, mas que surtiu efeito na população.

Até outro dia, quase ninguém conhecia o Sr. Márcio Lacerda, candidato da “aliança” entre o PT e o PSDB, mas depois que a lavagem cerebral iniciou, com as propagandas no rádio e na televisão, suas intenções de voto passaram de oito para quarenta pontos percentuais (Fonte: pesquisa IBOP veiculada pela Rede Globo).

Não estou fazendo nenhum juízo desse ou daquele candidato, mas externando minha preocupação de que o povo não reflete sobre as propostas dos candidatos e sim é levado por falácias e pesquisas eleitorais. Isso tudo me lembra a eleição presidencial em que o Sr. Fernando Collor foi de ilustre desconhecido à salvador da pátria por meio de ações de marketing e lobby de grandes empresários.

É como naquela piada em que o português cai ao escorregar em uma casca de banana e ao ver outra à frente pensa: “lá vou eu escorregar de novo”. Esse é o meu grande medo! Está sendo construído diante dos nossos inocentes olhos um enorme palanque para as próximas eleições presidenciais. A cúpula do PT vem a cada dia, promovendo a Ministra da Casa Civil, Sra. Dilma Rousseff, através de ações que, a meu ver, são puramente eleitoreiras, como a banalização e exacerbação do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento e da exploração do petróleo do pré-sal, bom, isso já é assunto para um novo devaneio. Enquanto isso fica uma prece: que o povo brasileiro acorde e se torne mais crítico ao fazer suas escolhas.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Nostalgia...

Quem estiver beirando os trinta vai lembrar...




domingo, 17 de agosto de 2008

Competitividade x Sistemas de Informação


Quando Máximo Górki diz “a vida avança velho, e quem não avança ao lado dela, fica só” ele resume bem a receita de bolo que todos nós temos que seguir. Para se obter competitividade é preciso, antes de tudo, entender que a vida segue seu rumo, avança, e a pior coisa que podemos fazer é ficarmos parados esperando que ela nos atropele. Para tanto, precisamos conhecer e entender o funcionamento dos três pilares que sustentam a competitividade: a estratégia, a inovação e a qualidade.

No que tange essa abordagem, pode-se dizer que estratégia é tudo que eu procuro fazer para me diferenciar, me fazer diferente frente aos meus competidores. Um sistema de informação é uma peça estratégica para a organização. Ele tem que estar intimamente ligado aos objetivos estratégicos da empresa. Para se diferenciar, a organização tem que integrar seus processos de forma natural e inteligente. Tem que alimentar os sistemas de informação com dados corretos e tem, principalmente, que capacitar os usuários para que esses tirem o máximo do sistema.

Com relação à qualidade, pode-se dizer que ela é o mínimo que se espera de mim e da minha empresa. Da mesma forma, o sistema de informação tem que desempenhar o mínimo que se espera dele. Quando falamos de sistema de informação precisamos considerar todos os seus três componentes: o hardware, o software e as pessoas. Assim, sistemas de qualidade são permeados por hardware adequado e apto a funcionar corretamente, bem manutenido, os softwares devem ser igualmente adequados, tanto à realidade da empresa quanto às suas necessidades. As pessoas, talvez o item mais importante, devem ser capacitadas e aptas a operar os dois outros integrantes do sistema, as máquinas e os programas.

E finalmente, inovação é implementar a novidade, é uma vez definida a solução para um problema ou situação, partir para a ação. É exatamente aí que inovação se diferencia de criatividade: minha empresa pode ter muita gente criativa, que pensa, cria, propõe, mas se ela não partir para a ação, implementando a mudança, ela será apenas criativa. Já a empresa inovadora é capaz de surpreender, agir de forma proativa e tomar a frente. O sistema de informação deve ser inovador, deve integrar toda a empresa e facilitar que as estratégias sejam realizadas. Deve permitir que a empresa seja competitiva atuando de forma inovadora, a frente de seus competidores.

Esses três aspectos, ou fundamentos da competitividade devem ser trabalhados para que a empresa desponte para o amanhã. É aí que entra o talento! A vida avança e com ela as empresas devem avançar também, usando todo talento que ela dispõe. O talento é o diferencial competitivo, é o que a empresa faz de melhor e que o mercado reconhece como realmente melhor. É nisso que a empresa deve investir seus recursos. Em direcionar seus esforços para o que realmente importa, seu core business. Foi como fez a NIKE, que deixou de ser uma fabricante de tênis para ser gestora de sua marca. A vida avança velho, e quem não avança com ela, fica para trás!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Menos Galvão! Menos...


Definitivamente entrei para o grupo das pessoas que nutrem uma profunda antipatia pelo Sr. Galvão Bueno. A gota d’água foi a entusiástica narração que ele fez da sétima medalha do nadador americano Michael Phelps.
Chega a ser patético a exacerbação que a Globo, principalmente o Galvão Bueno, faz em torno desse nadador. Tudo bem, Phelps é muito bom, talvez realmente seja o melhor do mundo, mas não precisa construir um pedestal e colocá-lo lá para depois iniciar a “adoração de cada dia”. Tenha paciência Sr. Galvão! Temos que exaltar nossos atletas que, mesmo diante de um completo descaso, tendo que treinar sem as menores condições, vão até lá e representam nosso país com toda garra que caracteriza bem o povo brasileiro. Esses sim são heróis, gênios e mágicos. Lutam contra a falta de patrocínio e com uma dura realidade: são esquecidos durante os intervalos de olimpíadas e pan-americanos. Depois, quando é chegada a hora da competição, enfrentando atletas de alto nível, frutos de anos de investimentos em categorias de base e de treinamentos que mais parecem filme de ficção científica, exigimos deles resultados.
Aqui no Brasil nos contentamos com o nosso ópio: o futebol. Esquecemos-nos que existe vida inteligente fora das quatro linhas que delimitam as arenas idolatradas do esporte bretão. Enquanto não temos ídolos nacionais (e pelo andar da carruagem vai demorar muito para tê-los), a Rede Globo insiste em importá-los. Eu não poderia ficar calado diante de tamanha injustiça! Gênio para mim foi a Srta. Gabriela Silva que nos honrou com seu digníssimo sétimo lugar nos 100m borboleta, heroína para mim foi Jade Barbosa com seu inédito décimo lugar no individual geral de ginástica, mágico para mim foi Cesar Cielo que lutou contra gigantes para conseguir o ouro olímpico. Esses sim são dignos de méritos de ovação.

Instalando a mangueira de gás do fogão.



A Ana Miranda fez um comentário em um post aintigo(Como instalar um fogão),que tratava das dificuldades que tive em instalar meu fogão, como já recebi outros dois e-mails sobre o assunto, vou publicar agora a resposta que mandei para ela e também acrescentar algumas outras dicas.
Olha Ana, cozinhar só no microondas ninguém merece mesmo...rsrs.
Quanto à sua pergunta, você deve usar sim abraçadeiras, mas o mais importante é comprar uma mangueira com o selo de aprovação do INMETRO (NBR 8473).



Isso garante a segurança da instalação e a sua também! Outra dica é usar um pouquinho de detergente no bico das mangueiras. Isso ajuda o bico a entrar mais facilmente na mangueira e depois de seco, o detergente ajuda na vedação, um pouquinho de sabão em barra também funciona, mas lembre-se: é um pouquinho só, nada de “brear” tudo de sabão ou detergente.
Usando uma mangueira de boa qualidade e as abraçadeiras, a chance de haver vazamentos é bem pequena. Contudo, um pouquinho de espuma ajuda a detectar possíveis vazamentos.
Não atravesse a mangueira atrás do fogão, pois, se você usar o forno, poderá aquecê-la e causar algum problema.
Outra dica importante: só ligue o gás depois que você já tenha acabado e NUNCA use um fósforo para detectar vazamentos. Fazendo tudo isso, vai ser moleza instalar o fogão. Aí é só comprar um bom livro de culinária e sair para o abraço.
Tudo de bom e boa sorte!
Eu achei esse vídeo no youtube, pode ser que ilustre melhor parte da instalação!



Espero ter ajudado!

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Yes, nos temos Judô!


Muito se tem comentado nos últimos dias a respeito do Judô brasileiro. Depois das últimas medalhas na olimpíada de Beijing, esse nobre esporte japonês é o que mais trouxe medalhas para o Brasil, ultrapassando o iatismo. Isso se explica por três motivos básicos. Primeiro, podemos dizer que o judô é um esporte democrático. Ao contrário da grande maioria dos esportes, qualquer um pode ser judoca, baixos, altos, gordos, magros, homens, mulheres, crianças, idosos, todos têm oportunidade de competir, basta ter a vontade e a disciplina tão necessárias à prática de qualquer esporte. Para se praticar basquete e vôlei, além de um ótimo preparo físico, é condição sine qua non que o sujeito seja alto, o que exclui boa parte da população brasileira, cuja altura média é 170 centímetros. O atletismo é um pouco mais popular, mas é, assim como a ginástica, excludente no tocante ao preparo físico exigido do individuo e também à sua idade. Segundo, o judô é um esporte acessível à realidade financeira da população brasileira. Ao contrário do iatismo que é altamente elitista, o judô pode ser praticado com o mínimo de investimento, basta alguns colchões (tatame) e um kimono pra se fazer a festa. Terceiro, o círculo virtuoso iniciado pelo judoca Aurélio Miguel em Seul (1988) que com sua medalha de ouro, chamou a atenção para o esporte. Hoje é muito comum que os pais direcionem seus filhos para o judô, se meninos ou balé se meninas. Essa atenção para o esporte motiva as novas gerações. É muito mais fácil um pai atender ao pedido de um filho quando ele pede para “colocá-lo” no judô do que se ele pedisse um barco para aprender iatismo. O judô é um esporte relativamente novo, ao contrário do que a maioria pensa, ele tem apenas 120 anos de vida. Foi criado no Japão por um camarada chamado Kanoo Jigoroo. O seu princípio básico é o domínio da força bruta através da maleabilidade, daí o seu nome, “juu” maleável, flexível e “do” caminho. Como toda “arte marcial”, o judô trabalha a disciplina, o respeito ao próximo e principalmente a consciência de que a “força” não é o caminho, mas sim a flexibilidade. Agora, apesar de ser um esporte relativamente barato, assim como todos os outros esportes, o judô necessita de patrocínino (investimento), se o assunto for competição em alto nível. Só assim o Brasil poderá brigar pelos primeiros lugares de forma definitiva. O esporte vai muito além de medalhas e premiações, ele é saúde e oportunidade para a mudança de vida de muitas pessoas.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Por um mundo melhor.


Estamos na era do conceito, no momento em que os homens usam seus conhecimentos para formatar idéias, construir imagens, gerar inovações e usar sua criatividade de uma forma nunca antes vista na face desse planeta azul. A internet deixou de ser novidade e passou a representar algo corriqueiro na vida das pessoas. Quem imaginaria a vinte anos atrás que teríamos acesso ao mundo, bem na palma de nossas mãos? Jatos cada vez maiores cortam os céus levando cada vez mais pessoas de um lado ao outro do globo. Os limites geofísicos deixaram de ser empecilho ao desenvolvimento da sociedade. Comunicar-se nunca foi tão fácil. Celulares, e-mails, MSN, Orkut, blogs, SMS e tantas outras facilidades, aproximam cada vez mais as pessoas. Será? Talvez a comunicação seja facilitada, mas a um custo muito alto: distanciar cada vez mais as pessoas. É tão mais fácil mandar um e-mail ou um SMS que muitas vezes decidimo-nos manter distância de nossos familiares e amigos. Mais do que isso, é cada vez maior o número de pessoas que se conhecem apenas virtualmente. Se as coisas continuarem a evoluir nesse ritmo, em pouco tempo poderemos ter mais amigos virtuais do que reais. Pode parecer um exagero, mas em menos de cem anos o homem passou da completa negação da possibilidade de voar à exploração espacial, em menos de trinta, passamos da maldição da infertilidade à manipulação genética da vida. Há quinze anos, se dois amigos quisessem jogar vídeo game juntos, um teria que ir à casa do outro. Hoje, podemos jogar on-line com alguém que mora do outro lado do mundo, sem sequer precisar falar a mesma língua. Abastecer um carro com dois combustíveis diferentes há apenas cinco anos atrás poderia ser sinônimo de desespero ou de loucura, entretanto hoje é possível usar até três tipos diferentes. Sendo assim, é difícil dizer qual será o futuro das relações social nos próximos anos. Fato é que a mesma tecnologia que nos “aproxima”, nos afasta de uma forma nunca antes vista. Torna impessoal o que antes era coisa de pele. Finalizamos sempre nossas mensagens com abraços e beijos, mas cada vez menos rostos beijamos, corpos abraçamos. Reduzimos o contato com o próximo na mesma proporção em que aumentamos a nossa indiferença às mazelas do mundo. Na década de quarenta, o mundo acompanhava atento e perplexo as notícias da guerra na Europa, essas chocavam, emocionavam e mobilizavam todos a rezar pela paz no mundo. Hoje, durante o jantar, acompanhamos guerras em tempo real na TV e não nos choca nada o fato de que muitos morreram nesse ou naquele bombardeio. A banalização da violência, causada provavelmente pela enxurrada de notícias sobre mortes e crimes, torna-nos cada vez mais indiferentes. Temos o mundo em nossas mãos e não sabemos o que fazer com ele. Mobilizamos-nos contra a fome na África e nos esquecemos que ela também mata nossos vizinhos. Bom, então tudo isso é culpa da tecnologia? Não! A culpa é nossa! Os fuzis, mísseis e tanques não começaram a guerra na Ossétia. Foram as pessoas, homens e mulheres. Seres humanos. Sendo assim, a responsabilidade é nossa. E o mundo não pode se esconder atrás da indiferença e deixar que russos e georgianos se matem como se em uma partida de vídeo game estivessem. Não podemos nos calar diante das injustiças. É impraticável que em plena era do conceito, em pleno século XXI, em meio a tanta facilidade de comunicação e possibilidades de entendimento, que o homem não tenha aprendido a resolver suas diferenças de forma diplomática. É imperdoável que deixemos de lado a oportunidade que a tecnologia nos dá de unirmo-nos em prol do crescimento da humanidade. É um crime que deixemos de lado a oportunidade que Deus nos dá de chegar até o próximo, esteja ele onde estiver, para levar o amor, o alento e a boa nova que Cristo nos trouxe. É nosso dever moral usarmos essa tecnologia a serviço do bem, da verdade e da justiça. Aproximando-nos e contribuindo para sermos realmente irmãos nessa aldeia global.

domingo, 10 de agosto de 2008

Deus é pai.


Deus é pai
(Pe. Fabio Melo)

Quando o sol ainda não havia cessado seu brilho,
Quando a tarde engolia aos poucos
As cores do dia e despejava sobre a terra
Os primeiros retalhos de sombra
Eu vi que Deus veio assentar-se
Perto do fogão de lenha da minha casa
Chegou sem alarde, retirou o chapéu da cabeça
E buscou um copo de água no pote de barro
Que ficava num lugar de sombra constante.
Ele tinha feições de homem feliz, realizado
Parecia imerso na alegria que é própria
De quem cumpriu a sina do dia e que agora
Recolhe a alegria cotidiana que lhe cabe.
Eu o olhava e pensava:
Como é bom ter Deus dentro de casa!
Como é bom viver essa hora da vida
Em que tenho direito de ter um Deus só pra mim.
Cair nos seus braços, bagunçar-lhe os cabelos,
Puxar a caneta do seu bolso
E pedir que ele desenhasse um relógio
Bem bonito no meu braço
Mas aquele homem não era Deus,
Aquele homem era meu pai
E foi assim que eu descobri
Que meu pai com o seu jeito finito de ser Deus
Revela-me Deus com seu
Jeito infinito de ser homem.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Aos trancos e barrancos.


Por muitas vezes você jogou indiretas, não satisfeita, digo, não conseguindo o que queria, resolveu sonoramente expressar sua indignação: “você já escreveu sobre muita gente, escreve para mim também”. Eu relutei muito, mas resolvi atender ao seu solene pedido. Minha relutância se justifica pela ambigüidade que representa sua presença na nossa breve história. Por muitas vezes eu fui tomado por uma vontade de esganá-la, esse sentimento, aliás, tem sido bem recorrente. Lembro-me de uma vez em que jogamos “banco imobiliário”: você me tirou do sério com seus palpites inoportunos. Maquiavelicamente, tentou jogar todos contra mim (e quase conseguiu). Já tivemos bate-bocas homéricos e talvez, se você fosse homem, até alguns sopapos já teríamos trocado. Contudo, inacreditavelmente continuamos amigos. Isso talvez se deva ao fato de que em todos os momentos em que eu mais estive fragilizado nos últimos anos, eu pude contar com seu apoio, sem sequer eu precisar pedir. Somos muito diferentes, é fato. Não ouso listar tais diferenças, prefiro pensar nas coisas em que combinamos. Partilhamos, entre outras coisas, o gosto pela leitura, pela comida italiana e japonesa, pelos números, principalmente os contábeis e também o senso de humor afiado. Tenho em você a minha mais fiel crítica. Sei que você não tem papas na língua quando o assunto é me criticar e, ao contrario do que possa parecer, é justamente essa a qualidade que mais gosto em nossa amizade: sua sinceridade. Tenho em você uma de minhas mais assíduas leitoras. Isso me motiva a escrever. E é assim, aos trancos e barrancos que construímos nossa história. Sinto-me muito orgulhoso de ser seu amigo e embora não deixe transparecer, eu ouço muito mais os seus conselhos do que você os meus, por isso, cabeça dura, obrigado por você existir!

P.S: Só para constar,na foto, você é a cadela e eu o gato!

As minhas putas tristes


Finalmente, depois de quase um ano, consegui terminar de ler “memórias de minhas putas tristes” de Gabriel García Márquez. Não que o livro seja ruim, pelo contrário, é um ótimo livro. Acontece que nos últimos dois anos, minha rotina tem me afastado dos pequenos prazeres, sendo a leitura um deles. Na verdade tenho lido muito, contudo, muito material técnico, que tem alimentado meu vício literário, mas não suprido minha ânsia por boas obras de ficção. Tanto que até ontem eu estava lendo, simultaneamente, três livros. Bom, o que gostaria mesmo de dizer é que finalmente consegui um tempinho para terminar o livro do García e que esse livro muito me fez pensar.
Para quem não conhece o título, trata-se de um belo romance, onde o protagonista, um velho de noventa anos, se envolve com uma adolescente. Tal envolvimento se deu em razão de seu aniversário. Ao entrar em sua nona década de vida ele resolveu dar-se um presente: uma noite com uma jovem e virgem prostituta. O interessante da relação dos dois é que nunca houve sexo, na verdade a jovem sequer o via, ela apenas dormia e ele a velava. Um autêntico caso de amor platônico.
Tal relação, que beirava a inocência, era repleta de percalços e reviravoltas, no bom e velho estilo de García. Senti-me o convidado de honra de uma viagem no tempo e no espaço. Mais do que isso, senti-me um confessor ou amigo intimo de uma personagem complexa e por isso mesmo, demasiadamente humana. Isso tudo me levou a pensar na minha vida, nas minhas aspirações e nos meus objetivos pessoais. Não no tocante à minha vida amorosa, mas sim no que diz respeito ao rumo que quero dar à minha existência. Na verdade já faz um tempinho que penso a cerca desse assunto, mas esse livro me lembrou de duas máximas das quais, infelizmente, não podemos escapar: A primeira é que a vida é curta, devemos vivê-la intensamente enquanto ainda resta alguma e a segunda é que, apesar de nunca ser tarde para recomeçar, o passar do tempo torna o recomeço cada vez mais difícil. Confesso que fiquei com um pouco de medo diante dessa realidade inequívoca. Não temo em dizer isso. Sou humano, sou passível de erros e sei que já não sou uma criança, já acumulei mais primaveras do que gostaria. O que tiro disso tudo é que o tempo é precioso. Assim, que eu viva mais e relute menos, que eu aja mais pense menos, que eu escreva mais e assista menos televisão, enfim, que eu faça mais dessas coisas que sempre decidimos fazer a partir ano novo e que esquecemos bem antes do carnaval.

domingo, 20 de julho de 2008

Devaneios a cerca do tempo


O tempo é algo realmente relativo. Quando perguntado sobre isso, Einstein disse que dependeria do referencial. Depende de como vemos e de como vivemos o tempo e o momento. Quando se está ao lado de uma companhia agradável, tomando suco de abacaxi e discutindo sobre cinema, pessoas, a vida, o tempo é crudelíssimo, voa. Já quando estamos sozinhos em casa, pensando na morte da bezerra, cada minuto é como se fosse uma hora.
Outro aspecto interessante é a viagem no tempo. Muitos dizem que ela é impossível. A física moderna discorda. Entendo que essa viagem, mentalmente, é mais do que possível. Voltamos ao exemplo acima. Ao se entrar no carro e sentir o perfume da companhia agradável da noite anterior, pode-se mentalmente, viajar no tempo e recordar quase fisicamente tudo que aconteceu. Ou ainda, pode-se viajar para o futuro e imaginar o que poderá acontecer, bastando conduzir adequadamente os acontecimentos, para que as situações passem de imaginação para futuro, propriamente dito.
Se dois relógios iguais forem sincronizados e dispostos em locais distintos, um em uma ponto qualquer da terra, e outro colocado em uma nave lançada ao espaço, caso a nave viaje na velocidade da luz por algum tempo, quando essa retornar à terra e os relógios confrontados, poderá ser constatado que o relógio que ficou na terra estará adiantado em relação ao que viajou no espaço.
Fato é que o tempo tem acelerado nos últimos anos, pelo menos na minha percepção. Nunca temos tempo para nada. O dia já não é suficiente. Talvez se ele tivesse vinte e seis horas, nossa vida seria mais facil: uma hora a mais para trabalhar e uma outra hora a mais para dormir. Bom, nesse caso, pensando assim, vinte e oito seriam ideais: sobrariam mais duas horas para passar com as companhias agradáveis.

Tabacaria


Sou um otimista. Gosto de ver o lado bom das coisas, fatos e pessoas. Acredito que tudo tem um propósito, até mesmo as coisas ruins que acontecem conosco. Contraditoriamente, penso ser esse um de meus grandes defeitos. Fernando Pessoa, um de meus poetas prediletos, disse certa vez em um de seus célebres poemas:

“Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

Como bom otimista, não vejo nessas palavras nada de niilista, muito antes pelo contrario (como sempre diz o querido Pe. Marco Túlio), penso que esses versos são a mais simplória tradução do que significa ser humano.
Reconhecer-se ‘nada’ é aceitar que diante de tudo, não somos muito, somos pó de estrelas. Do pó viemos e para ele retornaremos. Nossa existência é insignificante. Quando eu morrer, o sol continuará seu curso de nascente à poente, a terra ao redor dele, os pássaros continuarão a cantar, os carros a andar, as pessoas a viver. Nada irá mudar. Talvez ninguém se lembre de mim daqui a dez anos. Talvez apenas meia dúzia de pessoas se lembre de quem eu fui ou das coisas que fiz. E é aí que vem a parte boa da história: fora isso, “tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Pensando assim, sonhando com tudo que poderei realizar, principalmente sabendo e querendo não ser nada, volto-me para o outro. Deixo de ser nada para mim e passo a ser tudo na vida de outra pessoa, daquela meia dúzia que poderá lembrar-se de mim anos depois de minha partida. Isso é ser humano. Ser falível e mortal, mas capaz de realizar feitos e obras incríveis. Capaz de salvar vidas numa proporção muito maior do que apenas gerá-las. Muitas vezes, gestos aparentemente simples como um sorriso podem mudar o dia de uma pessoa. Talvez alguém se lembre de mim por eu tê-lo escutado e não pelas coisas que eu tenha dito. Não sei ao certo os motivos que farão de mim algo importante na vida do outro. Tenho a certeza de que eu não sou nada, nunca serei nada, não devo e nem posso querer ser nada, mas que tenho sonhos e que quero muito realizá-los. Quem sabe assim, daqui a dez ou vinte anos, alguém possa se lembrar de mim e dizer: ele pode não ter sido nada para os outros, mas significou muito pra mim. Terá valido a pena.

O que fazer?


Descobri cedo o que muitos levam uma vida inteira pra perceber: não há nada mais eficaz para resolver um problema do que não se render a ele. Parece simples, mas não é tão óbvio para a maioria das pessoas. O homem se limita, se encerra sem ver que a solução nunca anda distante do problema. Talvez seja uma questão de ponto de vista. Às vezes é preciso mudar a posição, ver o problema de outro ângulo. E por que não pedir conselhos, estudar uma nova abordagem, pensar fora do quadrado? Ninguém entra em uma corrida acreditando que vai perder. Até o mais humilde dos corredores tem, nem que seja bem pequeno, um fio de esperança. Ele diz que não, que os adversários são melhores, que sua preparação não foi suficiente, mas lá no fundo, bem no fundo, ele tem esperança de ganhar. Caso contrário, por que ele deveria correr afinal? Da mesma forma, quando diante de nós há um problema, uma situação dificultosa pela qual precisamos passar, mesmo que tudo e todos digam que não somos capazes ou que não temos condições, lá no fundo, bem no fundo, deveríamos ter o mesmo fio de esperança que tem o corredor. Nessa hora o mais importante é entender que sempre há um caminho, mesmo que ele não seja aparente. Também vale a grande máxima: “o que não tem remédio, remediado está”. Os que ainda não entenderam isso, fazem como aqueles que não correm, reconhecem sua posição de desvantagem e simplesmente desistem. Penso que essa autolimitação é uma das maiores mazelas da humanidade. Por quê? Simples, limitando-se, o homem deixa de crescer, deixa de realizar, deixa de viver. Edison tentou mais de mil vezes fazer a lâmpada elétrica funcionar, diante dos mil fracassos e da zombaria dos críticos ele disse: “Eu não fracassei nenhuma vez, apenas descobri mil motivos diferentes que impedem as lâmpadas de funcionar”. Imagine se ele tivesse desistido? Edison não se limitou. Diante de um problema ele persistiu e venceu. Essa abordagem não serve apenas para descrever os grandes feitos. Em nossa vida cotidiana deixamos de realizar, crescer, viver, Et cetera, por não nos sentirmos capazes de resolver problemas simples. Quando no primário, o maior problema da grande maioria das pessoas era resolver contas de multiplicação ou divisão. Os que enfrentaram esse problema de frente hoje “tiram de letra” integrais e derivadas, mas os que se limitaram, munidos de uma desculpa como “não sou bom com números” ou “detesto matemática”, não conseguem sobreviver sem uma calculadora eletrônica. Quando eu estava “tirando” minha carteira de motorista, eu tinha muita dificuldade em fazer balizas. Achava que era a coisa mais difícil do mundo! Hoje, as faço sem nem tomar conhecimento, mecanicamente como ditar a tabuada. Não é que eu seja um exímio motorista, mas que os problemas em nossas vidas assumem diferentes proporções, de acordo com a importância e com a maneira com a qual lidamos com eles. Desistir diante de um problema é a pior maneira de solucioná-lo. É reconhecer que chegamos ao limite de nossa capacidade e que é mais fácil conviver com ele (uma solução medíocre) do que purgá-lo de vez.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Seja voluntário!!!


Se o homem se preocupasse menos com seu umbigo e mais com o seu próximo, o mundo seria um lugar melhor para se viver!
Visite esse site!

Seja voluntário!

Visite o Portal do Voluntário

Muito além do Calypso...


Uma amiga, cansada de pedir-me o endereço eletrônico do blog, “jogou” no Google a frase “muito além da razão”. O resultado mais significativo foi uma música da banda Calypso com o mesmo nome. Não preciso nem dizer que fui alvo, injustamente, de chacotas e de estúrdias folganças por parte de minha “ex” amiga. Fato é que eu não sabia, até o fatídico momento, que existia tal ode à dor de cotovelo. Logo eu que repudio com veemência tal comportamento.
Após ler o bem intencionado conjunto de versos, eu cheguei a uma conclusão: o compositor foi felicíssimo ao escolher o nome da música. É realmente algo muito além da razão ou da compreensão humana, um sujeito que se dispõe a agir tal como o digníssimo protagonista da citada música. O mínimo que eu poderia fazer diante de tamanha coincidência é um pequeno comentário sobre essa obra prima do cancioneiro popular brasileiro. Os meus comentários seguem entre parênteses.

Muito além da razão

Coração tá em pedaços
Desde que você se foi (no mínimo o caboclo aprontou algo pra ser abandonado)
No vazio do meu quarto
Eu não sei o que é que eu faço
Com as lembranças de nó s dois (nota-se a latente obsessão)
(Até aqui tudo bem, um cara que deve ter feito besteira e foi abandonado pela namorada. Se não fosse a falta “do que fazer” do camarada, que não faz outra coisa a não ser ficar pensando na tal.)

Quando eu olho no espelho
Não me reconheço mais
E esses meus olhos vermelhos
Dessas noites sem dormir
Da falta que você me faz
(Vá lá, quem nunca sofreu por amor que atire a primeira pedra. Confesso que estou começando a sentir pena dele.)

Onde você está agora
Se eu pudesse imaginar (já dizia o velho ditado: mente vazia...)
Portugal ou Japão
Pra salvar meu coração
Eu iria te buscar (convenhamos, se o camarada tivesse dinheiro para ficar viajando para a Europa e para a Ásia... eu já ouvi muitos dizerem - não é minha opinião - que quem gosta de homem é homossexual, mulher gosta mesmo é de dinheiro, sei não... se bem que as mulheres retrucam: dizem que elas gostam de beleza interior - e os homens completam: por “beleza interior” leia-se fazendas, sítios e demais propriedades rurais – belas.)

Muito além do prazer
É o nosso amor (sem comentários)
Muito além da razão (concordo! Aliás, foi a única coisa sensata que o camarada disse até agora.)
Essa paixão
Solidão faz doer
Sou mais eu e você
Em um só coração
(blá, blá, blá,blá...)

Nunca é tarde demais
Pra recomeçar (é... até pode ser...)
Você tem que aprender
A perdoar (YES!!! Não falei que o cara tinha pisado no tomate!)
Se me der o prazer (Uai?! Ele não disse que o amor deles era muito mais do que o prazer?)
Vou mostrar pra você
Que ainda sei te amar
(Lindo! Eu, particularmente, acho que a tal moça deveria ir correndo! – para um lugar bem longe.)

Bom, brincadeiras à parte, o nome do blog não foi uma homenagem à música, nem à banda Calypso, na verdade, não tenho nada contra, bom, talvez algumas coisinhas, mas definitivamente eu não conhecia e respeito quem gosta. Assim, gostaria de deixar claro que foi uma brincadeira, afinal, só brincamos com aquilo ou com quem gostamos. (se bem que não sei se é o caso, mas...)

sábado, 28 de junho de 2008

Icebergs


Pois é, tem coisas nessa vida que simplesmente acontecem, foi assim com você, que aconteceu em minha vida. Você vive querendo entender os outros, mas confesso que eu também estou tentando te entender faz tempo. O que aprendi e gostaria de compartilhar com você é que as pessoas são como icebergs, o que nelas é visível, nem sempre mostra quem elas realmente são. Eu também acho que não era para ser assim, mas a vida não se apresenta diante de nós para pedir nossa opinião. Ela acontece, é inevitável. É como o tempo e a distância que separam os amigos e os amores, é como a lua que ao fim da noite foge dos nossos olhares para dar lugar a um novo dia. É como a sorte que teima em colocar os amores certos em destinos opostos. Tem coisas nessa louca vida que simplesmente acontecem. O que podemos fazer é aprender a levá-la da melhor forma possível. Se bem que isso você sabe muito bem fazer. Você veio ao mundo a passeio, não há como negar. É daquelas pessoas que funcionam melhor à noite do que de dia. Para você todo dia é dia de festa e poderia ser diferente? Pra mim você não é só impulsiva, é impossível! Mas devagar com o andor: a vida não é só festa, algodão doce e tigelas de açaí. É preciso encontrar o equilíbrio para não surtar com a dor, nem se embriagar com a alegria. Encontre esse equilíbrio e o mundo cairá aos seus pés. E não adianta tentar explicar, sei que você tem uma teoria pra tudo, o que conta mesmo é agir, nada de preguiça. Só assim você conseguirá alcançar seus objetivos, mas vá devagar, pois às vezes é tão distraída que poderá tropeçar neles sem se dar conta. E seja sempre você, independente do que digam ou do que deixem de dizer, seja sempre você. Assim, o pior que poderá acontecer é você deixar de ser um iceberg.

terça-feira, 24 de junho de 2008

A chuva


Estar vivo é antes de qualquer coisa assumir o risco e colher os frutos, sejam eles doces ou amargos, não importa. Vibramos com os acertos e podemos conviver com os erros, mas intragável mesmo é não fazer nada. É cruzar os braços diante da vida e das oportunidades que se apresentam diante de nós. No final de um ano bem vivido, ao menos algumas lágrimas deverão rolar pelo rosto, sejam elas de tristeza ou de alegria. Qual seria o valor da vida se não fossem as dificuldades que separam os homens de seus objetivos? Nem sempre se tem a coragem necessária de dar o passo à frente. Muitas vezes é mais fácil ficar parado e esperar que a chuva possa matar a sede. A menor possibilidade de erro ou falha já é o maior dos motivos para que não se tente. Mas que vida é essa? É possível que se dê com a cara na parede, mas se for assim, paciência. Se for para aguardar a chuva, que seja para disfarçar as lágrimas.

domingo, 22 de junho de 2008

Strogonoff


Minha amiga Fernanda e seu namorado, meu "irmão" Giuliano, estiveram aqui em casa para prestigiar meus dotes culinários. Eu não cozinho bem, mas gosto muito de fazê-lo e inventar algumas receitas é um grande divertimento para mim.
Meu maior desafio e acho que é assim também para muitas pessoas, é fazer o tal do arroz. Eu tinha muita dificuldade de fazê-lo ficar soltinho. Na verdade era uma grande loteria. Às vezes eu o fazia despretensiosamente e ele ficava maravilhoso. Outras vezes eu caprichava, mas o danado não cooperava. Foi então que descobri o “arroz parboilizado”. A princípio é um arroz comum, não há diferença nenhuma na aparência e no gosto, exceto pelo fato dele ser um pouco maior. Contudo, esse arroz tem uma propriedade que é fantástica: ele não “empapa” de jeito nenhum! Não há quem consiga fazê-lo empapar. Assim, fazer arroz para mim deixou de ser loteria e passou a integrar o rol de pratos que faço sem medo algum de dar errado.
É verdade que a história desse strogonoff que fiz para meus amigos é um pouco diferente, nesse dia, eu ainda não havia descoberto o tal arroz mágico, e por mais que eu tenha feito malabarismos, ele empapou. Acontece que a Fernanda gosta muito de arroz desse jeito e parece que gostou do prato, não posso dizer o mesmo do Giu, porque ele não é muito fã de arroz assim, mas para não me contrariar ele acabou elogiando. Fato é que a Fernanda fala muito desse prato que fiz, que ao contrário do arroz, ficou do meu agrado. Ela me pediu para enviar-lhe a receita e como eu tive que digitá-la, resolvi posta-la aqui no blog. Então, segue a receita do strogonoff com arroz empapado, para minha amiga Fernanda.
Antes que eu me esqueça, strogonoff é feito com carne, se alguém fizer um de frango, passa a ser chamado de fricassé (cultura inútil, mas...)


Receita do Strogonoff
Por “Chef” Helton Vieira

Ingredientes:
½ kg de contra filé
½ cebola
1 dente de alho
100g de champignon
3 colheres de azeite de oliva
¼ de um copo de rum, conhaque ou vinho branco
2 latas de creme de leite
2 tabletes de caldo de carne.
Sal ou tempero à gosto
Uma colher de catchup.

Modo de preparo:
Corte a carne em tirinhas e reserve. Dissolva os tabletes de caldo de carne em um copo e meio de água fervente.
Corte a cebola e o alho em pedaços bem pequenos e leve ao fogo com o azeite até dourar. Acrescente os champignons e mexa bem.
Acrescente a carne picada e deixe fritar (se for preciso adicione um pouquinho de óleo de soja para fritar) com um pouco de tempero ou sal ao seu gosto. Quando a carne começar a fritar (ela não pode ficar bem passada!) jogue o quarto de dose de conhaque e deixe o álcool evaporar (se quiser pode flambar), mexendo sempre. Acrescente o caldo de carne dissolvido em água e deixe ferver para reduzir. Desligue o fogo e acrescente o creme de leite. Mexa a te homogeneizar a mistura. Caso queira dar um pouco de “cor” acrescente uma colher de catchup (não é necessário, eu não gosto, mas muita gente acha legal a corzinha)
Sirva com arroz branco “empapado” e batata palha.