quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Quem quer ser um milionário?

Sou contra estereótipos. Aquela velha história de retratar todo Inglês como certinho (leia-se também “quadrado”), o francês como cozinheiro, o russo como frio e alcoólatra e o brasileiro como sambista, jogador de futebol e morador de uma floresta. Somos bombardeados por essas imagens o tempo todo, principalmente através do cinema e da televisão, dessa forma, construímos e ajudamos a fortalecer esses estereótipos.

Eu nunca fui à Índia. Na verdade, este país nunca entrou em minha lista de “lugares a visitar”. Nada contra, mas pouco à favor, entendem?

Imagino que se no Brasil existe muita injustiça e desigualdade social, lá deve haver um abismo, praticamente intransponível, separando as castas ou classes sociais, pelo menos foi isso que aprendi na escola. Talvez esse seja o clichê mais forte e que identifica esse país, pelo menos para mim. Um lugar de belezas ímpares, onde convivem a riqueza e a pobreza. Não a pobreza com a qual estamos acostumados, mas sim a miserabilidade, a completa falta das condições mínimas de saneamento, habitação, entre outros fatores condizentes à sobrevivência humana.

Como disse anteriormente, nunca fui à Índia, dessa forma, sinto-me incapaz de tecer uma opinião isenta e coerente dessa situação, mas tento fundamentá-la com fatos que são noticiados nos jornais e revistas, bem como nos foi ensinado nos livros de história e geografia.

A dualidade é bem clara quando analisamos as duas perspectivas que nos são apresentadas na atualidade: uma são os filmes e novelas que mostram uma Índia “rica” e emergente, com uma cultura belíssima e vestes multicoloridas, festas opulentas e iguarias apetitosas, a outra, o retrato de um país onde a grande maioria da população beira à miséria, com crianças sendo exploradas sexual e financeiramente, sendo usadas como mendigos junto aos turistas estrangeiros. Essa segunda perspectiva pode ser vista no filme “Quem quer ser um milionário” (Slumdog Millionaire - 2008), o grande vencedor da 81ª edição do Oscar.

A realidade é muito difícil de ser comprimida nas poucas horas de um filme. Como não dizer que “Cidade dos Deus” ou “Tropa de Elite” não são representações bem próximas da realidade brasileira? Contudo, o Brasil não é só aquilo, não se resume em favelas e narcotráfico.

Retratar um país sem o mínimo de responsabilidade, é contribuir com a construção de estereótipos e mentiras a respeito daquele lugar. Quem assistiu aos filmes “Feitiço do Rio” e “Turistas”, sabe bem o que estou querendo dizer. No primeiro, a imagem de um Rio de Janeiro aonde todas as mulheres vão à praia de topless e com seus “macacos de estimação”, no segundo, o retrato de um país xenófobo, violento e onde órgãos humanos são roubados de turistas indefesos.

Enquanto a “verdade” não freqüentar os cinemas, teremos que nos munir de muito senso crítico para não aceitarmos facilmente as fantasias dos roteiristas de Hollywood.

Quanto ao filme “Quem quer ser um milionário”, vale a pena assistir, mereceu cada Oscar que ganhou.


Em tempo:
Eu hoje, 14 de junho de 2009, li no blog da Jessie um post muito legal sobre o assunto, vale conferir.(Mineira sem freio)

 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Coordenadas interessantes no Google Earth ou Google Maps


Pra quem gosta de "viajar", seguem coordenadas interessantes para conferir no Google Earth ou Google Maps:


Meu Bairro 19°52'58.93"S 44° 0'6.66"W

Sede do Galo em Lourdes 19°55'38.60"S 43°56'48.14"W

Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 19°53'30.67"S 43°54'15.38"W

Itaipu, a maior hidrelétrica do mundo 25 24 31.33 S 54 35 30.35 W

Campo de Baseball em Detroit 42 20 20.68 N 83 2 54.68 W

Foguete em cabo canaveral 28 31 22.37 N 80 34 19.67 W

Fabria da Fiat em Betim 19 57 52.95 S 44° 6 56.73 W

Sede da Ford em Detroit 42 18 08.39 N 83 13 51.16 W

Orlando (Shark / Universal Studios) 28 28 46.44 N 81 28 08.42 W

Castelo de Buckingham (Londres) 51 30 01.56 N 0 08 36.44 W

Mônaco 43 43 46.49 N 7 25 08.13 E

Esfinge (Egito) 29 58 31.27 N 31 08 15.33 E

Base de Alcântara 2 23 24 S 44 22 47 W

Transamazônica 7 27 56.14 S 64 25 52.41 W

Greenwich 51 28 40 N 0 E

Fábrica da Boeing (Seattle) 47 31 44.07 N 122 18 00.56 W

Serra da Canastra (MG) 20 12 S 46 50 W

Ponte da Amizade 25 30 S 54 36 W

Torre de Pisa 43 43 0 N 10 22 60 E

Ponte do Brooklyn (NY) 40 42 20.51 N 73 59 48.53 W

Porta-Aviões Americano 47 58 53 N 122 13 44 W

Porta-Aviões Brasileiro 22 53 40 S 43 10 10 W

Eurotúnel (lado inglês) 51 05 49.53 N 1 09 23.41 E (lado francês) 50 55 22.80 N 1 46 48.60 E

Copacabana 22 58 02.80 S 43 10 40.92 W

Um enorme "disco voador" em Bagdá 33 18 30.44 N 44 23 21.09 E

Uma praça em Veneza 45 26 15.35 N 12 19 46.19 E

Aeoporto de Frankfurt (um dos maiores aeroporto do mundo) 50 02 45.65 N 8 34 13.07 E

Cemitério de Arlington (Onde foram enterrados os soldados da 2ª Guerra Mundial) 38 53 11.9 N 77 04 10.30 W

Deserto do Atacama 20 23 27.65 S 67 28 34.09 W

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Afinal, o que é conhecimento?


O conhecimento advém da experimentação do homem, sua crença. É através de sua percepção de mundo que o ser constrói seu arcabouço cognitivo, a imagem que ele tem do ambiente que o cerca e que determina seu comportamento na sociedade. E embora metodologicamente o conhecimento possa ser dividido em quatro partes (popular, filosófico, religioso e científico), nota-se na práxis humana a possibilidade da presença de todas elas, uma vez que nenhum indivíduo possui o conhecimento pleno.

Dessa forma, quando o ser humano se vê diante de um objeto ou fenômeno distante de seu entendimento, ele pode se apoiar tanto no senso comum quanto em sua fé religiosa para encontrar uma explicação. Seu conhecimento nesse caso passa a ser mera doxa. Ao contrário, se o objeto ou fenômeno em questão é de domínio do indivíduo, ou através do estudo e da pesquisa ele possa estabelecer um pensamento científico, entendendo claramente o porquê daquele fato ou como ele acontece, ele passa a ter meios de divagar, filosofar, aplicar o seu poder de raciocino sobre esse objeto ou fenômeno observado. Ele passa da doxa à episteme (Platão, 428ac a 347ac).

O conhecimento, assim como a natureza do homem, é dinâmico, ele muda e é renovado pelo próprio homem à medida que ele aprende, que ele descobre o mundo, que ele interage com o seu ambiente.

Conclui-se, pois, que, as esferas do conhecimento se aplicam à vida do indivíduo como um todo. Assim, dependendo do conjunto de informações que ele acumular em sua vida, de seus interesses ou cotidiano, o homem vai utilizar mais ou menos de cada um dos tipos de conhecimento, conforme a ocasião e o ambiente onde o mesmo se encontrar.