domingo, 3 de maio de 2009

A vida imita a arte (ou será o contrário)...

Ensaio Sobre a Cegueira me fez pensar... Foi um daqueles filmes em que não se tem a exata certeza de que se gostou ou não. Talvez se eu o ver de novo, quem sabe? Mas ele me fez pensar... Pensei em quanto a humanidade é regida por uma pseudo moral e quão tênue é a linha que a separa da completa selvageria.

Esse filme está atual, em tempos de gripe suína todo cuidado é pouco. Confesso que depois de assisti-lo senti meus olhos arderem... rsrs... Foi como depois de ver “Epidemia”, senti asco em tocar o controle remoto, pelo menos por poucos minutos.

Tenho muito medo de que o fim do mundo esteja mais próximo do que pensamos... Não o fim apocalíptico, mas sim o fim do mundo que conhecemos, da sociedade em que vivemos. A qualquer hora uma epidemia, um novo vírus qualquer pode dar cabo da humanidade, ou de boa parte dela. Fato é que estamos muito vulneráveis. Há algumas décadas podia-se ver a lenta expansão de uma doença, vivíamos na era das epidemias, hoje, o assunto é um pouco mais sério, vivemos em uma constante ameaça de pandemia!
Se antes um vírus levava meses, quiçá anos para infectar um grande número de pessoas, agora ele anda de avião! Um espirro em Xangai causa gripe em Juiz de Fora mais rápido do que a peste negra levou pra infectar toda Europa.

Voltando no filme “Epidemia”, os mocinhos descobrem a cura do malfadado vírus rapidinho... mas na vida real nem sempre é assim, que o diga as pessoas que enfrentam a AIDS há tanto tempo... E assim vamos vivendo, sempre à um passo do último passo.

Mas penso ser um bom momento para a humanidade pensar um pouquinho também. Volto no filme Ensaio Sobre a Cegueira: somos mais do que podemos ser individualmente! Devemos nos unir em prol de um mundo melhor, onde as diferenças não nos segreguem. Hoje muitos ainda se preocupam com questões que não deveriam nem mesmo existir, como preconceito de raça, de cor, diferenças sociais e econômicas... Se preocupam não para extingui-las, mas para alimentá-las.

Já passou da hora das pessoas se tocarem que estamos no mesmo barco: negros, brancos, índios, asiáticos, católicos, mulçumanos, homens e mulheres. O fim pode estar próximo, cabe a nós, seres humanos racionais, inteligentes, donos do mundo, fazermos desse um bom lugar para se viver. Um lugar onde a fraternidade possa salvar mais vidas do que a intolerância possa levar.

Diante disso tudo, só nos resta rezar.

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