sábado, 11 de julho de 2009

O Blog está de mudança...



O "Muito Além da Razão" está de mudança! A partir de hoje o novo endereço do Blog será:

http://muitoalemdarazao.wordpress.com/

IT is a Thriller

O período de férias tem seu lado ruim. Perdoe-me imprensa brasileira, mas não agüento mais ouvir nada a respeito de onde vai ser ou foi feito o enterro de Michael Jackson ou as novas notícias sobre as suspeitas de como ele morreu. Talvez seja uma tremenda indelicadeza minha, ou não, mas apesar de acreditar que ele tenha sido uma grande estrela da música pop internacional, o que penso é que infelizmente ele morreu, that is it, não há mais nada o que fazer e, sinceramente, deveriam todos deixá-lo em paz. Aliás, paz que ele, pelo pouco que acompanhei, não teve em vida.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Lobos em pele de cordeiros.

“Quanto mais eu conheço os homens, mais gosto dos animais”. É claro que me dou ao luxo da licença poética ao usar essa frase, mas ela até faz certo sentido. É incrível como as pessoas se escondem atrás de máscaras. Não as censuro, todos as usam de alguma forma, até mesmo eu. O que me incomoda não são as máscaras, mas o que elas escondem.

Lobos em pele de cordeiros, infames e mentirosos que não se afligem em disfarçar suas reais aflições e aspirações por detrás de belos sorrisos. Egoístas e ambiciosos que só vêem seu próprio mundinho, que só cuidam do próprio umbigo.

Entristece-me o fato de que nem sempre pode-se fazer frente a esses indivíduos. O que quero dizer é que nem sempre podemos lutar todas as batalhas, mesmo que elas nos pareçam justas. Por vezes, lutar contra o sistema não é a melhor escolha. Usá-lo em favor dos fracos e oprimidos parece-me uma idéia melhor do que levantar uma bandeira e partir para o ataque.

Sou romântico o suficiente para acreditar que o bem sempre vencerá o mal. Assim, no final, quando for a hora certa, as coisas certas acontecerão.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Até quando?


Acompanho de perto o desenrolar da mais nova crise política brasileira, a crise do Senado. Infelizmente, mais uma vez nossos congressistas vêm demonstrando que não há limite para as farras feitas com o dinheiro público.

É cada vez mais claro para todos que, seja por omissão ou participação, não há inocentes nessa história.

Talvez o que seja mais triste para mim é novamente a postura que o governo brasileiro toma diante desses fatos lastimáveis. O partido do nosso presidente vem se enrolando mais uma vez. Em nome da governabilidade (palavras do líder do governo no Senado, o ilustríssimo Senador Mercadante) o PT e a base aliada compactua com os mandos e desmandos de Sarney e de sua trupe. Lula é o PT, ele sabe, orienta e apóia os atos dessa base governista, só não vê quem não quer!

Como pode? Aliás, como podemos nos calar diante de tamanho desrespeito com o erário e com os bens públicos! Eu me sinto constrangido por ser enganado e explorado por políticos corruptos que, com seus atos secretos ou não, vêm privatizando o que é nosso, o que pertence a todos nós brasileiros.

É nosso dinheiro que está sendo desviado, são os impostos que pagamos com tanta dificuldade. É o fruto de nosso suor que é sumariamente desviado para custear os mordomos, parentes, viagens, entre tantos outros absurdos.

Meu constrangimento pode ser explicado pela forma com a qual o povo brasileiro tem sido ludibriado e explorado. Somos obrigados a digerir situações que se não fossem trágicas, seriam no mínimo cômicas. O digníssimo presidente do Senado teve a coragem de dizer que não percebeu o depósito mensal de quase quatro mil reais em sua conta (Referente a ajuda de custo para custear a moradia, haja vista que o senador é um homem humilde e de poucas posses, que não pode pagar por um pouso em Brasília).

O desconhecimento, aliás, é a desculpa mais usada por essa corja. Foi assim com o Maluf e também com Lula. “Eu não sabia”, essas três palavras mágicas, para o meu espanto, realmente funcionam, do contrário, Lula não estaria com um índice de aprovação popular tão grande.

Os europeus quando desembarcaram na América usaram espelhos e badulaques brilhosos para comprar os nativos e roubar suas riquezas. Hoje não é diferente, só que o engodo é travestido de benfeitorias assistencialistas como bolsa escola ou bolsa família, PAC e outras tantas outras manobras. Não sou contra a distribuição de renda obtida com os programas governamentais que citei, mas se o governo der somente o peixe e não ensinar a população a pescar, tudo isso será em vão.

Até quando permitiremos? Até quando ficaremos deitados em berço esplêndido?

Mande um e-mail para o senador em que você votou: nomedosenador@senador.gov.br

Cobre dele alguma atitude, mostre sua indignação! E para quem gosta tanto do Lula, faça o que ele disse pra fazer: tire o traseiro da cadeira e vá a luta!

Em tempo: O Deputado do Castelo foi absolvido, não é uma maravilha!

Humano, demasiadamente humano


Nem sempre o problema está naquilo que é dito, mas sim na forma como é transmitida a mensagem. Às vezes uma boa intenção ou mesmo a própria razão deixa de ser relevante se não controlamos nossa impulsividade em despejar, sobre quem quer que seja, nossas verdades e anseios, preocupações ou reclamações.
Penso que a melhor estratégia seja a capacidade de empatia, ou seja, de se colocar no lugar do outro. Nem sempre as outras pessoas fazem algo só para nos irritar ou contrariar. Se partirmos do pressuposto de que todos os “homens” são ruins (nesse caso a palavra homem está generalizando os homens e as mulheres, sejam eles quais forem), nossas atitudes serão de defesa diante dessa situação e na maioria das vezes a melhor defesa é o ataque. Seremos agressivos, exigentes, opressores, essa nossa atitude vai depender apenas de nossa posição e condição diante do indivíduo com o qual interagimos. Da mesma forma, se partirmos do pressuposto que todos os homens são bons, nossas atitudes tenderão à benevolência.
O grande desafio é o meio termo, ou melhor, a empatia. Será que naquela determinada situação não seria melhor agir assim, ou assado, como eu gostaria de ser tratado? Como eu gostaria de ser avaliado ou julgado?
Bom senso aliado a um pouco de talento para relações humanas é a receita do sucesso. Eu procuro agir sempre assim, embora não consiga sempre, mas de uma forma geral, entendo que as pessoas devem ser tratadas de forma diferente. Já que somos pessoas diferentes, merecemos tratamentos diferentes. Quem merece ser tratado com mais liberdade ou flexibilidade, que seja assim tratado, já quem por ventura exigir de nós um pouco mais de firmeza, que assim seja tratado.
Indiferente da estratégia ou mensagem escolhida para a comunicação, o mais importante a meu ver é o talento de saber como transmiti-la. Lembro de uma estória que ouvi faz algum tempo, de dois sábios que receberam a missão de interpretar o sonho de um rei. O primeiro, após ouvir a narração do rei, dispara sem hesitação que toda sua família morreria, irado, o rei o condenou à morte. Já o segundo, mesmo sem saber o destino de seu antecessor, disse ao rei que ele era um homem abençoado e que viveria, com certeza, mais tempo do que os seus.
Os dois disseram a mesma coisa, mas o segundo teve a sensibilidade de transmitir a mensagem de uma forma mais eufêmica. Essa talvez seja a maior qualidade de um bom gestor.