sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Menos Galvão! Menos...


Definitivamente entrei para o grupo das pessoas que nutrem uma profunda antipatia pelo Sr. Galvão Bueno. A gota d’água foi a entusiástica narração que ele fez da sétima medalha do nadador americano Michael Phelps.
Chega a ser patético a exacerbação que a Globo, principalmente o Galvão Bueno, faz em torno desse nadador. Tudo bem, Phelps é muito bom, talvez realmente seja o melhor do mundo, mas não precisa construir um pedestal e colocá-lo lá para depois iniciar a “adoração de cada dia”. Tenha paciência Sr. Galvão! Temos que exaltar nossos atletas que, mesmo diante de um completo descaso, tendo que treinar sem as menores condições, vão até lá e representam nosso país com toda garra que caracteriza bem o povo brasileiro. Esses sim são heróis, gênios e mágicos. Lutam contra a falta de patrocínio e com uma dura realidade: são esquecidos durante os intervalos de olimpíadas e pan-americanos. Depois, quando é chegada a hora da competição, enfrentando atletas de alto nível, frutos de anos de investimentos em categorias de base e de treinamentos que mais parecem filme de ficção científica, exigimos deles resultados.
Aqui no Brasil nos contentamos com o nosso ópio: o futebol. Esquecemos-nos que existe vida inteligente fora das quatro linhas que delimitam as arenas idolatradas do esporte bretão. Enquanto não temos ídolos nacionais (e pelo andar da carruagem vai demorar muito para tê-los), a Rede Globo insiste em importá-los. Eu não poderia ficar calado diante de tamanha injustiça! Gênio para mim foi a Srta. Gabriela Silva que nos honrou com seu digníssimo sétimo lugar nos 100m borboleta, heroína para mim foi Jade Barbosa com seu inédito décimo lugar no individual geral de ginástica, mágico para mim foi Cesar Cielo que lutou contra gigantes para conseguir o ouro olímpico. Esses sim são dignos de méritos de ovação.

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