sexta-feira, 25 de abril de 2008

Inimigos em potencial


Segundo o dicionário Aurélio, informação é o ato de se informar ou gerar dados sobre algo ou alguma coisa, significa também conhecimento ou participação. Resumindo, pode-se dizer que a informação seja um dado sobre alguma coisa que resulte em conhecimento ou aprendizado.
Fato é que existem pessoas que são “reféns da informação”. Elas são personificações de todas as disfunções da burocracia. Quando ouvimos o termo ‘burocracia’, pensamos logo em algo ruim, trabalhoso, moroso, o que não é verdade! Weber quando teorizou a respeito do tema, nos mostrou uma estrutura lógica e funcional. Um conjunto de preceitos regidos pela hierarquia, divisões de funções e responsabilidades, regras, procedimentos. Tal estrutura é saudável para qualquer organização e até mesmo para a vida pessoal de qualquer indivíduo. São com as disfunções da burocracia que devemos nos preocupar. É quando há um excesso de regras e procedimentos. Quando os indivíduos ficam engessados pelas próprias leis que eles criaram. As pessoas aprenderam a chamar de burocracia as disfunções desse sistema. O que quero dizer é que um pouquinho de burocracia é benéfico, mas existem pessoas que exageram. Elas vivem pelas informações, respiram os controles obsessivos e querem que todos a sua volta façam o mesmo. São aqueles indivíduos que colecionam uma enormidade de dados, fatos, números a respeito de algo e que nunca irão usar. Não é uma questão de prudência e sim de redundância e falta de objetividade. Elas se escondem atrás de uma plácida fachada de organização justamente para demonstrar uma incapacidade nata de lidar com os fatos da vida. É como se vivessem na iminência de um embate ou de um confronto. É como se necessitassem provar a todo o momento para as outras pessoas que estão sempre certos e que nunca erram. Fariam isso com requinte, informariam o minuto e o segundo em que o fato aconteceu, qual a roupa que a pessoa estava usando, a placa do carro, número de identidade, se estava chovendo ou fazendo sol. Não estou fazendo uma apologia à bagunça ou à falta de ordem, estou apenas protestando contra algumas pessoas que dificultam a nossa vida, com o pretexto de que “vai ser melhor assim”.
Sinto pena dessas pessoas, a vida delas deve ser muito ruim, devem ver o mundo como um campo de batalha e as pessoas como inimigas em potencial.

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