sábado, 22 de março de 2008

Para Torcer Contra o Vento

Dia 25 de março, próxima terça, o Clube Atlético Mineiro completará 100 anos de existência.
O futebol, esse ópio das massas, pode levar muitos realmente à loucura, às últimas conseqüências, infelizmente.
Muitos não percebem que o ato de torcer por um time está diretamente ligado à diversão, integração, alegria, e não à violência ou ódio por outrem.
O amor a um time de futebol deve servir para dissociar-nos de nossos problemas, transportar-nos para um mundo de magia e de esperança. Deve fazer com que cada um externe seus demônios, seus problemas, suas angústias, transformando-os em lágrimas, de tristeza ou de alegria, nunca de dor.
É assim que vejo minha paixão por esse time. Passa longe do fanatismo ou fundamentalismo de muitos, mas faz com que eu me sinta parte de algo maior.
Ser atleticano significa ser lutador, acreditar que nada é impossivel, que a derrota fortalece mais que a vitória.
Ser atleticano, como muitos dizem, é ser sofredor, afinal, sofrer é se envolver, é viver intensamente; e isso, todo atleticano faz, instintivamente, não é algo que se aprende ou que se imita, é algo que se sente, que se vive. Quer prova maior disso do que cantar o hino do clube após uma derrota, ou usar a camisa do time no dia seguinte?
Faço minhas as palavras de um grande atleticano, Roberto Drumond, em uma das mais passionais crônicas que já li:

"Se houver uma camisa branca e petra pendurada no varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento."
Roberto Drummond

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